Doria descarta epidemia e diz que SP está em 'estado de atenção' para gripe

 O governador voltou a criticar o Ministério da Saúde pela demora em fazer novos pedidos de vacinas contra a gripe



O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), declarou nesta quinta-feira (16) que o Estado está em alerta para o aumento de casos de gripe recentemente observado. Quando perguntado pelo g1 se já é possível considerar que o território paulista enfrenta uma epidemia da doença, Doria disse que ainda não é o caso. 

"Estamos no estágio de atenção. Atenção vem antes de preocupação", disse Doria durante evento de lançamento de sua equipe econômica na corrida pelo executivo em 2022. 

O pré-candidato a presidente aproveitou para criticar, mais uma vez, o Ministério da Saúde pela demora em fazer pedido ao Instituto Butantan para a campanha de vacinação do próximo ano contra a gripe. O texto conta com informações do g1.

É um gesto de profunda irresponsabilidade, dado o fato de já termos uma epidemia no Rio de Janeiro, o Ministério da Saúde simplesmente silencia em relação a isso. Nós é que socorremos o Rio

O diretor do Butantan, Dimas Covas, disse mais cedo que o instituto também ofereceu ao Ministério da Saúde 3 milhões de doses da vacina da gripe que restaram da última campanha a fim de ajudar no combate à doença em diversas cidades do país, mas que não recebeu retorno da pasta.

Hospitais cheios

Hospitais públicos e privados da capital paulista têm registrado aumento no fluxo de pessoas com sintomas gripais nas últimas semanas. Em prontos-socorros municipais, pacientes afirmam que a espera pode chegar a 6 horas, em longas filas.

Dentre os vírus que provocam a gripe, os Influenza A e B, a circulação de outros vírus também pode estar por trás do crescimento de um "conjunto de doenças respiratórias", de acordo com os médicos. 

"Nós estamos tendo um aumento no número de casos de doenças causadas por vários tipos de vírus diferentes, e também por algumas bactérias. É esse conjunto de doenças que está aumentando nessa época do ano, o que é absolutamente atípico, porque a sazonalidade dessas doenças é no outono e inverno", disse o superintendente médico do Hospital Municipal Infantil Menino Jesus, Antônio Carlos Madeira.

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