IPTU vai aumentar em o menos 21 cidades da Grande SP

A maioria dos municípios da Região Metropolitana terá aumento do tributo pelo IPCA, que fechou em 10,7% em novembro, nos últimos dozes períodos

Ao menos 21 cidades da Grande SP vão reajustar valor do IPTU pela inflação


Na Região Metropolitana de São Paulo pelo menos 21 municípios devem ter reajuste no valor do IPTU usando como base o IPCA calculado para o próximo ano, de acordo levantamento da produção do SP1, da TV Globo. 

Neste estudo, foram consultados os 38 municípios da Região, mas apenas 26 responderam à reportagem. Desse total, 21 cidades informaram que o reajuste vai ser realizado de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que fechou o mês de novembro em 10,7% nos últimos dozes períodos. O texto conta com informações do g1.

Apenas quatro cidades informaram que não haverá aumento no Imposto: Cajamar, Guarulhos, Jandira e Santana de Parnaíba. Já Ferraz de Vasconcelos informou que ainda não definiu se haverá ou como será feito o reajuste do IPTU na Cidade.

Cidades que terão aumento em 2022 

  • Osasco
  • Carapicuíba
  • Barueri
  • Caieiras
  • Guararema
  • Itapecerica da Serra
  • Itaquaquecetuba
  • Mairiporã
  • Mauá
  • Mogi das Cruzes
  • Poá
  • Ribeirão Pires
  • Rio Grande da Serra
  • Santa Isabel
  • Santo André
  • São Bernardo do Campo
  • São Caetano do Sul
  • São Lourenço da Serra
  • Suzano
  • Taboão da Serra
  • São Paulo

Capital paulista 

Na cidade de São Paulo, a Secretaria Municipal da Fazenda declarou que o reajuste não é linear, ou seja, não é o mesmo percentual pra todos os imóveis. Está atrelado à revisão da planta genérica de valores, que ocorre a cada 4 anos. 

Na prática, alguns imóveis terão aumento no valor de IPTU e outros permanecem com o mesmo valor que foi cobrado em 2021. O reajuste também será determinado pela inflação de 2021, com o limite de 10%, considerando o que for menor, seguindo o projeto aprovado na Câmara de Vereadores.

De acordo com a Prefeitura de São Paulo, os valores do IPTU na cidade serão divulgados no começo de 2022.

Ao SP1, muitos paulistanos disseram ter se organizado durante o ano ter os impostos em dia no próximo ano, justamente por causa da previsão de aumento destes tributos. 

“Já venho fazendo esse cálculo desde o meio do ano pra cá, porque já estava vendo que a situação não ia ficar muito boa. Então, pra não ficar tão ruim no início do ano, já venho comprando apenas o básico e colocando tudo na balança”, contou a aposentada Maria Adélia da Silva. 

O dentista Luís Eduardo de Castro também se diz precavido. “O IPVA certamente vai ser parcelado. O IPTU também a gente consegue parcelar. Se for pago a vista, falta para outras coisas, né?! Material escolar do filho. São inúmeras despesas. A gasolina naquele valor absurdo”. 

“Acho que é o momento de se organizar, não sair por aí comprando tudo, gastando tudo. Principalmente para esse tipo de conta que não tem como fugir”, disse a especialista em panificação Gislene Alves. 

Os especialistas em finanças recomendam que, se for necessário solicitar um empréstimo, que este crédito seja negociado com o banco. Além disso, recomendam evitar o uso de cartão de crédito, ainda que considerem o parcelamento de tributos.

“É um impacto importante, dado que muitas pessoas perderam o emprego. Nós tivemos uma taxa de desemprego bastante importante [em 2021]. E muitas pessoas que trabalham não tiveram a recomposição salarial no mesmo valor. Por outro lado, a prefeitura tem uma necessidade de recompor suas receitas, dado o crescimento das despesas”, explica o professor de Economia da FGV-SP, Clemens Nunes.

“Se você vai guardando um pouquinho para fazer justamente frente à essas despesas, você pode enfrentar essas despesas sem contrair empréstimos. A melhor solução, se você não tem dinheiro na hora, é fazer o parcelamento oferecido pelos próprios órgãos públicos”, finaliza o professor.

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