São Paulo tem 48% mais mortes provocadas por chuvas em relação a 2021

Já foram 37 mortes registradas até o momento e ainda faltam cerca de 50 dias para o fim do período de chuvas de verão

São Paulo tem 48% mais mortes provocadas por chuvas em relação a 2021


O estado de São Paulo contabiliza nesta quarta-feira (2) um número de mortes relacionadas às chuvas 48% maior em relação ao mesmo período do ano passado, mesmo restando ainda 57 dias para o encerramento do período de intensas precipitações de verão.

Segundo dados da Defesa Civil do Estado, entre 1º de dezembro e esta quarta-feira (2), São Paulo registrou 37 mortes. Já entre 1º de dezembro de 2020 e 31 de março de 2021 foram 25 óbitos contabilizados. O texto conta com informações do g1.

O resultado observado entre dezembro e fevereiro deste ano já se aproxima do total de mortes ocorridas entre dezembro de 2018 e fevereiro de 2019, quando 41 óbitos foram identificados. Mesmo assim, segue bem abaixo das 69 mortes registradas na temporada de chuvas mais intensas entre o fim de 2019 e o primeiro trimestre de 2020.

Ainda segundo os dados da Defesa Civil, ao longo dos quatro verões mais recentes, o estado de São Paulo somou 172 mortes ocorridas em decorrência das chuvas. Esse número se restringe aos períodos de dezembro a março, a partir de 2018.

As vidas perdidas no início de 2020 levaram o governo de São Paulo a solicitar ao governo federal recursos para uma série de obras antienchentes na Região Metropolitana, incluindo dois piscinões em Franco da Rocha. Na última solicitação, no entanto, o governo Jair Bolsonaro não repassou os recursos que a gestão João Doria (PSDB) solicitou.

Ao longo de 11 anos seguidos, o governo paulista não executou toda a verga antienchente aprovada anualmente pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). 

Embate político 

Em entrevista ao programa "GloboNews Em Ponto" nesta quarta-feira (2), o ministro de Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, criticou a postura do governo de São Paulo em relação ao uso da verba destinada à obras preventivas a enchentes. 

"Eu primeiro quero lamentar este tipo de embate político. Nós orientamos em 2020 a forma de obter recursos - ou seja: trabalhando junto ao Parlamento federal por ocasião da elaboração do orçamento, já que são obras de contenção e não emergenciais. E também observando a necessidade de fosse o caso de se habilitarem recursos com orçamento do Fundo de Garantia que são disponibilizados não só pra SP, para todo o Brasil. E o mais importante: até agora o estado de SP não se posicionou em relação a este tema”, afirmou o ministro. 

Mais tarde, durante uma coletiva, o governador João Doria rebateu o ministro Marinho. “Eu não quero politizar esse tema, mas o ministro, mais uma vez, faltou com a verdade. Agora, mais uma vez, o ministro visita São Paulo ao lado do presidente, anda de helicóptero, passeia de helicóptero, pousa, faz coletiva e anunciou o quê? Nada. Absolutamente nada. Só a promessa. Vem aqui, passeia de helicóptero, pousa, faz uma coletiva e não anuncia nada? Que tipo de postura é essa? Que tipo de governo é esse? Eu não quero politizar essa questão, mas isso é uma vergonha. Temos no Brasil um governo que, diante de tragédias, se omite e, quando vai, não anuncia nada, absolutamente nada”, disse Doria.

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