Não há precedentes para o fenômeno de seca enfrentado pela China atualmente. É o que diz o historiador de dados meteorológicos Maximiliano Herrera sobre a crise enfrentada pelo País que está há 70 dias seguidos sem chuva.
Centenas de estações meteorológicas registraram temperaturas acima dos 40°C. No último dia 18, a província de Sichuan, registrou 45°C, a mais alta temperatura já observada na China fora do deserto de Xinjiang.
Veja 10 impactos causados pelo verão extremo na China, segundo o site "Metsul":
- Fábricas tiveram de paralisar por falta de energia;
- Grandes safras e plantações foram perdidas;
- As cadeias de suprimento de todo o mundo podem em breve sentir os impactos pelo não abastecimento de alguns produtos fabricados no País;
- O calor intenso permanece mesmo durante a noite;
- Algumas pessoas têm passado o dia nas estações de metrô, onde há ar condicionado, a fim de fugir do calor escaldante;
- Mais de cinco milhões de pessoas têm sido afetadas por cortes de energia no sudoeste do País;
- Trabalhadores da agricultura têm sido obrigados a trabalhar entre 22h e 4h;
- A China produz 95% do arroz, trigo e milho que consome, mas a falta desses alimentos pode levar o País a ter de importar, e isso pode tensionar o mercado global, que já está afetado pela guerra na Ucrânia;
- O rio Yangtze, principal reservatório de água potável do País, está seco em vários trechos;
- Shangai, conhecida por um dos shows de luzes mais famosos do mundo, decidiu apagar as luzes decorativas de seus prédios.
“Isso se baseia na intensidade mais extrema com a enorme duração do calor extremo que dura dois meses em área incrivelmente enorme, e tudo ao mesmo tempo”, diz Herrera. “Não há nada na história climática mundial que seja minimamente comparável ao que está acontecendo na China”, explica o especialista.
