Após constatar que apenas 28% das crianças e adolescentes elegíveis a receberem imunização contra várias doenças procuraram os postos de saúde, o Governo de São Paulo decidiu prorrogar a campanha de multivacinação em 645 municípios.
A baixa adesão da população elegível a se vacinar aponta para o risco de reintrodução da poliomielite no Brasil, segundo informações do portal "g1".
“Esta é mais uma oportunidade para os pais e responsáveis procurarem os postos de vacinação e levarem seus filhos para se vacinar. Estamos em um momento importante e, infelizmente, com baixas coberturas vacinais, o que pode acarretar na volta de doenças graves que estavam eliminadas do nosso Estado”, explica Regiane de Paula, da Coordenadoria de Controle de Doenças da Secretaria de Estado da Saúde
A vacinação contra polio atingiu cobertura de 53% do público-alvo, com 1,2 milhão de crianças imunizadas na faixa etária correspondente. A vacina é indicada para todas as crianças de 2 meses a menores de um ano de idade e visa evitar a reintrodução da doença no País, sem casos registrados há mais de 30 anos.
A campanha de multivacinação oferece, além da vacinação contra polio, os imunizantes BCG, contra a tuberculose, vacinas contra as hepatites A e B, a pentavalente - contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e doenças invasivas causadas pelo hemófilo b - também doses contra caxumba, febre amarela, sarampo, caxumba, rubéola, varicela e HPV, e a vacina contra o rotavírus.
No grupo de menores de 1 ano e de 5 a 14 anos, foram imunizadas 2,5 milhões de pessoas da faixa etária, o que representa 28% do público-alvo. Destes, 84% foram encaminhados para receber alguma vacina do calendário.
O estado de São Paulo tem 9,1 milhões de crianças e adolescentes nestas faixas etárias e os responsáveis devem consultar os postos de vacinação para que os profissionais da Saúde confiram na caderneta confiram se a imunização está em dia. Os municípios têm autonomia para definir as estratégias de imunização.
